Nossa Filosofia

A filosofia educacional praticada pelo COLUSP (Colégio Luterano São Paulo) se alimenta da firme convicção de que existe um significado mais profundo para a existência. Oferece princípios que formam (não formatam), ou seja, conduzem, motivam e orientam o viver e propõe um jeito peculiar de ver e de ser-no-mundo; pessoas intelectualmente robustas, sábias, com base sólida de valores, porém sem rigidez de pensamento, capazes de gerenciar a própria vida.

É uma instituição de caráter confessional, firmada em princípios e valores cristãos, como outras escolas ao redor do mundo apoiadas no cristianismo, porém não seleciona pessoas por sua religiosidade, nem faz proselitismo religioso. Respeita todas as religiões e acolhe todas as famílias, pois a liberdade individual é um valor inalienável e a orientação religiosa é uma prerrogativa da família que sempre deve ser respeitada.

Desde a sua fundação, tem como lema e principal pilar da sua filosofia educacional o texto de Provérbios 22.6 que é de espantosa atualidade: “Ensina a criança no caminho em que deve andar e até o fim da vida não se desviará dele”.

Família e escola são os principais protagonistas do processo educacional, portanto, têm papel irrenunciável e de fundamental importância. Devem ser bons exemplos para os filhos e alunos, apontando-lhes o caminho em que devem andar; e ser exemplos na prática das mais nobres virtudes – como fé, esperança, amor, prudência, justiça, fortaleza e temperança –, para que vejam coerência educativa com a qualidade de sua presença.

Em um mundo que nem sempre oferece orientações seguras, é da escola e do lar que deve emanar, de maneira natural, alegre e espontânea, a atmosfera dos valores humanos e cristãos: o “bom perfume de Cristo”, no dizer de Paulo (2 Co 2.15). Esta é a verdadeira força que levará os educandos a caminharem protegidos e a crescerem não só em idade, mas também “em sabedoria e graça”.

Para ajudar de maneira significativa nessa extraordinária tarefa, pais e educadores precisam fazer o constante exercício de “re-conhecer” seus filhos e alunos. Como a sociedade atual vive uma quase absoluta ausência de valores – defendendo uma moral pervertida, ditada pelas circunstâncias e não por princípios – , transformar essa realidade para melhor é um desafio imenso e é o papel educador mais importante da família e da escola.

Não é verdade que crianças e jovens da atualidade não possuem ideais e sonhos. Quem olha a história da humanidade com lente de aumento sabe que a complexidade do processo educativo atravessou todos os tempos e esteve presente em todas as épocas. Sempre haverá grandes e novos desafios para pais e educadores. Há 5 mil anos, no alto do rio Nilo, sobre a pedra de um túmulo egípcio estava gravada esta frase: “A juventude está desorientada”.

Portanto, é tarefa permanente do mundo adulto orientar saudavelmente os sonhos e os ideais da nova geração. Pais e educadores precisam alimentar a esperança de ser a melhor família e a melhor escola e agir de tal forma que se concretize. Precisam sonhar com filhos e alunos mestres e doutores na vida acadêmica, mas também no campo das emoções; brilhantes na carreira profissional, mas também como pessoas. O psiquiatra e educador Augusto Cury, ao falar da escola e da família ideal, escreveu:

“Qual é a escola dos meus sonhos? A escola dos meus sonhos une a seriedade de um executivo à alegria de um palhaço, a força da lógica à singeleza do amor. Na escola dos meus sonhos cada criança é uma joia única no teatro da existência, mais importante que todo o dinheiro do mundo. Nela, professores e alunos escrevem uma belíssima história, são jardineiros que fazem da sala de aula um canteiro de sonhos. Qual é a família dos meus sonhos? A família dos meus sonhos não é perfeita. Não tem pais infalíveis, nem filhos que não causam frustrações. É aquela em que pais e filhos têm coragem de dizer um para o outro: “Eu te amo”, “Desculpem-me”, “perdoem-me”, “Vocês são importantes para mim”. Na família dos meus sonhos não há heróis nem gigantes, mas amigos. Amigos que sonham, amam e choram juntos… um lugar simples, mas onde há gente feliz”. (Cury, 2005, p. 55)

É possível sonhar com uma família e uma escola assim? Sem dúvida! E o melhor caminho para concretizar esse sonho é a educação das virtudes que adiciona o ingrediente mais poderoso de todos: A Palavra do Criador do Universo, cujo “sonho” para todos os seres humanos é que sejam gente feliz, com esperança, que pode contar com o melhor de todos os amigos e ao lado de quem é possível escrever a mais bela de todas as histórias: A história do amor de Jesus Cristo; a história da paz, do perdão e do presente da vida eterna. Essa perspectiva abre um novo horizonte para a vida e o olhar passa a ser de límpida esperança, única saída do labirinto da aflitiva desorientação a que nosso tempo impõe, especialmente às crianças e aos adolescentes. É o que de melhor se pode desejar quando buscamos uma boa educação.